Morgan Stanley publica relatório de garoto de 15 anos sobre Twitter, publicidade e mídia online
O Globo
RIO - Um relatório sobre mídia online feito por um adolescente de 15 anos caiu como uma bomba na conferência Allen & Co, em Sun Valley, Idaho, que reuniu neste fim de semana feras do mundo da tecnologia, como Bill Gates (Microsoft), Eric Schmidt (Google) e Rupert Murdoch (News Co.). Executivos da Morgan Stanley pediram a Matthew Robson, um estagiário de uma escola londrina, um estudo sobre os hábitos de consumo de seus amigos e conhecidos. As conclusões de Robson foram consideradas tão interessantes que acabaram chegando à capa do Financial Times . Ele afirma que a mídia tradicional está perdendo espaço para a internet, que o Twitter não gera interesse em adolescentes e que propaganda online não faz sentido.
" (O relatório de Robson é) uma das visões mais claras e provocativas que já vimos "
Reiterando uma posição polêmica numa discussão que ainda deve durar muitos anos, o garoto afirma que seus amigos são "muito relutantes" em pagar por música e que a maioria nunca comprou um CD. A principal forma de acesso a canções são os sites e ferramentas de trocas de arquivos. (Leia também: Trent Reznor ensina como o candidato à fama pode se dar bem na web )
Se as músicas são amplamente distribuídas pela web, o mesmo não acontece com os filmes. O download deles não é tão popular pois muitas vezes os arquivos têm qualidade inferior ou contêm vírus, além de não ser confortável assisti-los no monitor. Com isso, o cinema segue como uma diversão na qual os adolescentes ainda gastam suas mesadas, especialmente pelo lado social do evento.
Considerando a importância do convívio social com os amigos, duas outras atividades em alta são os concertos de música e os novos consoles de videogame. Com a capacidade de conexão gratuita à web e sistemas de interação cada vez mais sofisticados, consoles como o Wii estão até mesmo substituindo o telefone como forma de conversa entre adolescentes.
" (Jovens) percebem que ninguém está vendo suas páginas, então os tweets não têm propósito "
Ele garante que nenhum de seus conhecidos lê jornais regularmente - apenas tablóides ou periódicos gratuitos. Robson acredita que os jovens de sua idade preferem as informações resumidas encontradas na internet e na TV.
Além disso, propaganda intrusiva afasta a atual geração, por isso eles preferem ouvir música em rádios online gratuitas, (uma bosta, o Tcheco é melhor que o Souza - aqui eu escrevi um teste de leitura) umacomo a Last.fm, a ouvir nas emissoras tradicionais. Até aí, propaganda de rádio nunca agradou ninguém e mudar de estações durante os anúncios sempre foi comum. As geração anteriores só não tinham as opções que existem hoje em dia.
A publicidade "tradicional" em websites, na forma de pop-ups e banners, também não é bem-vinda. Robson a classifica como "extremamente inoportuna e inútil". Ele elogia, por outro lado, ações virais que geram "conteúdo humorístico ou interessante".
Esse tipo de propaganda é considerado mais efetivo por conseguir se travestir de entretenimento, na forma de vídeos no YouTube, jogos online e outras formas de contato na qual o consumidor participa da ação de alguma forma.
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